quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fins e recomeços

Pensar no fim de 2010 me faz pensar em muitos outros fins.
Fim de medos, fim de ilusões, entre outros.
O fim do casamento dos meus pais talvez tenha sido o mais difícil deles.
Mas sem dúvida foi necessário, e me lembra a cada dia do quanto eu tenho que ser forte.
Forte não apenas por mim.
Tão utópico e muitas vezes tão desejado, chegou também o fim do Cefet Química.
O Cefet Química com certeza foi muito mais que uma escola técnica.
Lá eu aprendi tudo o que uma escola técnica pode ensinar.
Aprendi a fazer relatórios, aprendi a titular, a analisar, aprendi a estudar, aprendi química na teoria e na prática.
Mas muito além do aprendizado acadêmico, no Cefet Química eu aprendi a amar.
Fiz verdadeiros amigos, que quero e vou levar para a vida inteira.
Aprendi a amá-los sempre e independente de qualquer coisa, pois sei que eles me amam da mesma forma.
Cheguei a me apaixonar lá. Por apenas 2 meninos.
Com um deles aprendi que eu não sabia amar, por isso não consegui conquistá-lo.
Com o outro...bem...ele é meu namorado.
Quando descobri que o amava, descobri que era capaz de amar, e descobri, afinal, o que é o amor.
E por último, mas não menos importante, aprendi a amar a química.
Lembro que no início a química me fascinava, mesmo sem conseguir compreendê-la muito bem.
Por conta de uma reprovação, me provocou ódio.
Pensei até em abandonar química e fazer letras - japonês.
Mas eu meio que me encontrei na química, e a partir daí comecei a entender e, por fim, amar a química.
2010 também foi o ano do esforço.
Uma rotina corrida de estágio-escola-vestibular me fez perceber que trabalhar e estudar não é fácil.
Por muitas vezes estive exausta, principalmente quando a matéria da vez era Análise Instrumental.
Nesse último semestre me senti como Hermione em O Prisioneiro de Azkhaban, tentando fazer tudo ao mesmo tempo.
A diferença é que eu não tinha um vira-tempo, o que dificultou um pouco mais a minha vida.
Mas apesar de ter sido muito cansativo, a sensação de se esforçar é muito boa.
Porque ao colher os frutos, você vê que valeu a pena.
Passei direto nos 2 períodos desse ano.
Marcaram 2010 também as novas experiências.
Minha primeira viagem pra fora do Rio, de avião.
Maceió é um lugar lindo e eu pretendo voltar lá com certeza.
Meu primeiro namoro.
Não poderia ser mais perfeito.
Meu primeiro estágio.
Um aprendizado em vários sentidos.
Fora outras experiências únicas e inesquecíveis.
A visita à vovó Eloísa Mano no IMA, os Bioplásticos e a Semana da Química, o show do Green Day, o churrasco de formatura, o dia mágico com o GPFK reunido depois de muito tempo e a noite emocionante na Lapa, entre muitas outras que não vou me lembrar a essa hora da madrugada.

Já que 2010 foi o ano de muitos fins, acredito que 2011 será o ano dos muitos começos, e recomeços.
Se 2010 foi o ano de se esforçar, 2011 é a hora de colher os frutos do esforço.
E se 2010 foi, com certeza, o ano do amor, eu desejo um 2011 repleto de mais amor ainda pra todos! :)

E que venha o reveillon!
Com os mesmos lindos fogos de artifício que abriram 2010, ao lado de uma grande parte das pessoas que eu mais amo no mundo!
Feliz 2011!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dreaming of a Butterfly

"Um dia, um homem teve um sonho.
Lá, ele era uma borboleta.
Ele voava livre pelo ar.
E sentia tamanha liberdade e felicidade...que ele passou a acreditar que era uma borboleta.
Mas quando acordou, viu que era um homem e não uma borboleta.
Então, pensou:
'Será que eu estava sonhando que era uma borboleta? Ou isto aqui é um sonho que aquela borboleta está tendo?'

(...)

Aquela borboleta que você bem conhece vem sonhando assim o tempo todo."


(Haruka Doumeki - xXx Holic v. 23 - CLAMP)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Truth



The truth never set me free
So I'll do it
myself.

(Careful - Paramore)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Irmandade

A vida delas começava a tomar rumos diferentes.
Cada uma seguia seu caminho como deveria ser.
Estavam crescendo, e as mudanças eram inevitáveis.
Faculdades, trabalhos, famílias, namorados.
Tudo era novo e diferente para cada uma delas.
E a única certeza que tinham, ou que precisavam ter, era a de sempre terem uma à outra.
Não importava os rumos que tomassem, as faculdades para as quais entrassem, os problemas de família que enfrentassem, os namoros que começassem ou terminassem.
Elas sempre estariam ali, umas para às outras. Sempre.
Passando por um ano difícil, foi ainda mais difícil manter essa certeza.
Mas no ano seguinte as mudanças seriam muito maiores, e elas não podiam deixar o sentimento morrer.
De fato, não deixaram.
Apenas precisavam de um momento juntas de verdade para saber que, apesar de todas as mudanças, o sentimento que as unia ainda era o mesmo.
Precisavam daquele momento para saber que poderiam dar as mãos umas às outras para não serem levadas pela correnteza. Sempre poderiam.
Bastava que elas acreditassem nisso.
Bastava que sempre acreditassem na Irmandade.