terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como a história começou...

Houve uma época em que eu me desiludi do amor.
Achei que não existia, que era uma mera ilusão.
Nessa mesma época, eu me desiludi de mim mesma.
Percebi que tudo o que eu sabia fazer era magoar ou decepcionar as pessoas, e que eu não poderia me prender a ninguém sem fazer uma besteira qualquer que fosse acabar com tudo.
Baseada em tudo isso, eu cortei todas as chances que tive de me apaixonar.
Não queria nem pensar em um relacionamento sério.
Não queria magoar mais ninguém.

"Não quero magoar você."

Foi o que eu disse a ele.
Mas naquele momento eu senti que o magoei.
Ele ficou meio cabisbaixo, mas aceitou numa boa.
E eu pensei que tinha acabado ali.

Pensei.
Até me dar conta que haviam passado duas semanas daquele beijo e eu não conseguia parar de pensar nele.
O que estava acontecendo comigo?
Nããão..impossível!
"Devo estar confundindo as coisas. Deve ser carência.", eu pensei.
Cheguei a ficar com algumas pessoas nesse meio tempo.
Não adiantou. Não era carência.
Era ele que tomava conta dos meus pensamentos.
Era ele que eu queria.
Mas e ele? Ainda me queria?
Meu pessimismo natural me impediu de acreditar que sim.
E essa dúvida me consumiu por mais duas semanas.
Mas depois de um dia mágico, uma dose de vinho e um baita empurrão da minha melhor amiga, consegui tomar um pouco de coragem, mas ainda com um pouco de medo.
"Eu gosto de você."

Eu disse, com o coração na boca, as mãos tremendo e esperando uma resposta negativa.
Fui surpreendida então com outro beijo (tão perfeito quanto o primeiro, mas com o sabor especial de vitória) e um "Eu também gosto de você."

O dia seguinte sempre é o mais incerto.
Nos falamos normalmente, mas nada que me desse uma pista de como ficaria a nossa situação.
Descobri de um jeito engraçado, mas continuamos...seja lá o que fosse a nossa relação naquele momento (não gosto da palavra "ficando"), mas continuamos muito bem.

Até chegar ao assunto que, até então, me dava mais medo.

(Continua...)

Um comentário:

  1. que inicio engraçado.. juro pra vc que compartilhei desses mesmos pensamentos "solitários".. seria cômico se não fosse trágico.. mas acabou tendo um final (que continua) baita feliz.. :)

    ResponderExcluir